Category Archives: Viver Casteleiro

Lar do Casteleiro de contas limpas
:: :: CASTELEIRO :: :: Março é o mês de apresentação de contas. Foi exatamente no estrito cumprimento deste dever que a Associação do Lar e Centro de Dia de São Salvador do Casteleiro aprovou, em Assembleia Geral do passado dia 18 do corrente mês, o Relatório e Contas referentes ao ano de 2016. O saldo, mais uma vez, foi positivo!

(Des)respeito pela criança
:: :: CASTELEIRO :: :: O estudo que esta semana veio a público, baseado em dados da Direção-Geral de Educação, é deveras preocupante: “alunos dos 1º e 2º anos têm mais 500 horas de aulas do que os do 12º”. Em média, os alunos do 1º ciclo têm uma carga letiva anual de 1500/1620 horas contrastando com as 1035 horas do 12º ano.

Tempo de matar saudades
:: :: CASTELEIRO :: :: Nos rostos trazem estampada a ausência e a saudade acumuladas durante um ano inteiro ou talvez mais!…

Terapia com cães – afetos e emoções
:: :: CASTELEIRO :: :: Já temos dito por várias vezes que o Lar do Casteleiro é um espaço de carinho e afetos, onde a dignidade de todos quantos aqui habitam é por si só a razão da sua existência.

A minha rua
:: :: CASTELEIRO :: :: A rua que me viu nascer já não me reconhece! Não me admira, e, nem sequer vou levar isso a peito. O desgaste causado pelo vazio do tempo, bem visível pelo rasto destruidor do seu casario, apodera-se agora dela como se de um terramoto se tratasse.

Utentes do Lar em romagem à Senhora da Póvoa
:: :: CASTELEIRO :: :: O domingo que antecede o dia do Corpo de Deus é aquele que o calendário religioso reserva à Senhora da Póvoa. Nem o ritmo acelerado dos dias de hoje, contrastando com o esvaziamento das populações vizinhas, condicionam a devoção de quem ali se desloca neste dia de todas as graças.

Regadio – Casteleiro continua esquecido
:: :: CASTELEIRO :: :: Passado meio século sobre o regadio do Cova da Beira, o Casteleiro continua à margem de tudo o que de bom ele representa para todos quantos habitam a região, a que muitos apelidaram de “terra farta e de qualidade superior”.

Envelhecimento ativo
:: :: CASTELEIRO :: :: Para trás ficou o tempo em que o núcleo da família aconchegava novos e velhos! Hoje em dia, este paradigma deu lugar ao frenesim alucinante que marca um tempo diferente, uma forma de estar em que todos, independentemente do sexo, têm direito à educação, ao trabalho (…) e a uma vida digna, conquistas da Revolução de Abril de 1974.

Uma missa e um marrano dão-me para todo o ano
:: :: CASTELEIRO :: :: Como poderia esquecer um cerimonial que se repetia sempre que o mês de janeiro chegava ao fim e a safra da colheita da azeitona já tinha dado os seus resultados?!

Conto de Natal
:: :: CASTELEIRO :: :: Não fosse o farto madeiro que ocupava o centro da praça do Casteleiro a arredar para bem longe mesmo os mais friorentos, a meteorologia da noite em nada fazia crer que estávamos em plena Noite de Natal.

Mestre lagareiro e o «Poço do Inferno»
:: :: CASTELEIRO :: :: Em tempos idos, deixando para trás o lagar de varas do Poio, havia no Casteleiro dois lagares de azeite: Um da Senhora D. Maria do Céu Guerra situado na Quinta com o meso nome, e outro do Senhor Manuelzinho (Manuel Fortuna), situado no Alvarcão, local de um farto olival que ainda hoje perdura apesar de algum abandono recente.

Olival tradicional – um potencial milenar
:: :: CASTELEIRO :: :: Graças à sua localização entre serras (Serra D’Opa, Serra da Vila, Cabeço Pelado), o Casteleiro, com os seus terrenos férteis e clima ameno tem-se assumido, desde sempre, como um dos melhores locais para o desenvolvimento do olival tradicional, de onde é extraído um azeite de elevada qualidade e de características invulgares para a saúde.

Lar do Casteleiro – Sócios potenciam 2016
:: :: CASTELEIRO :: :: A constante procura da elevação dos padrões de qualidade em todos os serviços prestados, a par de uma consistente sustentabilidade económica, exige dos Órgãos eleitos da Associação do Lar e Centro de Dia de Salvador do Casteleiro uma visão estratégica e uma definição clara dos objetivos e metas plasmados no Plano de Atividades e Orçamento agora aprovados.

Quem se lembra do santoro?
:: :: CASTELEIRO :: :: Num tempo já longínquo, mas que interessa trazer aqui para conhecimento dos mais novos, o dia 1 de novembro – DIA DE TODOS OS SANTOS – era também o dia de «pedir o santoro».

O Lar do Casteleiro comemora Dia do Idoso
:: :: CASTELEIRO :: :: O «Grupo das Adufeiras do Paul», concelho da Covilhã, marcou presença no passado dia 11 de outubro no Lar e Centro de Dia do Casteleiro.

Lar do Casteleiro mostra-se aos familiares dos utentes
:: :: CASTELEIRO :: :: Terra de gente boa, trabalhadora que nunca vergou mesmo nos tempos mais difíceis da sua história. Ao mesmo tempo que viu partir os seus filhos para a devastadora guerra em África, chorou aqueles que, espreitando além Pirenéus, procuraram uma vida melhor. Mas nem por isso alguma vez este povo desistiu!

Mais uma vez o fogo chegou ao Casteleiro
:: :: CASTELEIRO :: :: Foi exatamente como há quarenta anos! Impiedosamente, o fogo vindo dos lados de Santo Amaro lambeu toda a serra e, depressa demais, chegou às portas do Casteleiro.

-As marcas da Revolução
:: :: CASTELEIRO :: :: A pobreza e a miséria estavam estampadas no rosto dos homens, mulheres e crianças, verdadeiros escravos de um país cinzento, “à beira-mar plantado” e orgulhosamente só perante o mundo.

Casteleiro – Que venha a festa!
:: :: CASTELEIRO :: :: No primeiro fim-de-semana de maio a Festa da Caça quebrará a monotonia dos dias na aldeia de Casteleiro.

Casteleiro – Terra de tradição
:: :: CASTELEIRO :: :: A Festa das Flores – a Páscoa – era, sem dúvida, um acontecimento ímpar na vida rural e festiva das pessoas do Casteleiro.

Do «luto carregado» ao «aliviar do luto»
:: :: CASTELEIRO :: :: A atitude perante a morte, os ritos de que se reveste, as estratégias familiares que a rodeiam e os valores que dela emanam constituem um património que urge registar para que conste da memória imaterial da gente do Casteleiro.

Quaresma – Tempo das «Cacadas»
:: :: CASTELEIRO :: :: No Casteleiro as «cacadas» assumiam-se, durante o tempo quaresmal, como momentos privilegiados para a sátira jocosa feita por rapazes ou mesmos por homens maduros, normalmente a elementos do sexo oposto.

Os serões de antanho
:: :: CASTELEIRO :: :: Tudo começava depois da ceia, sim porque a ceia era a refeição da noite, após mais um dia cansativo nas lides do campo. Os vizinhos reuniam-se nas casas uns dos outros à volta da lareira nas frias noites de Inverno.

Viagens que nos marcam
:: :: CASTELEIRO :: :: A viagem do Casteleiro até ao Colégio do Sabugal era longa, persistentemente longa, como os dezassete mil metros que separam estas duas localidades.

E amanhã haverá Natal?
:: :: CASTELEIRO :: :: Passados que foram os dias, mais ou menos eufóricos, que antecederam o Natal, o país mergulhou na realidade angustiante do desemprego, da pobreza, nas intermináveis filas de espera nos hospitais que, tradicionalmente nesta época, respondem às muitas urgências, de quem o frio do Inverno e os cortes na saúde feitos pelo atual governo, faz das horas de cada dia, intermináveis momentos de sofrimento e mau estar.

O presépio da Igreja
:: :: CASTELEIRO :: :: Longe das estrelas brilhantes e da luz feérica que, hoje em dia, dão cor e magia aos emblemáticos centros comerciais, lá na aldeia ia tomando forma o tradicional presépio da igreja.

Casteleiro – Terra de Trabalho
:: :: CASTELEIRO :: :: – Aquela manhã do início de dezembro estava gélida! Da terra gretada pela geada da noite, emergiam formas vidradas, pontiagudas, parecendo estalagmites, deveras perigosas para quem por ali passava.

Pelas entranhas do Casteleiro
:: :: CASTELEIRO :: :: – Tiago era um menino igual a tantos outros! Sobre o ombro pendia uma sacola magra de livros, mas cheia de aventuras para contar e de curiosidade para aprender. O corpo franzino contrastava com os oito anitos que já tinha. Apesar disso, as ruas e os terreiros onde costumava brincar eram calcorreados, diariamente, vezes sem conta.

Brinquedos e brincadeiras de antigamente (6)
:: :: CASTELEIRO – JOGO DA BILHARDA :: :: – «…o trágico está na perda de capacidade de criar, de recriar e de construir ideias, de gerar coisas que rolam, que mexam, que produzam sons, que divirtam os criadores…»

Brinquedos e brincadeiras de antigamente (5)
:: :: CASTELEIRO – CARRO DE BOIS :: :: – As alfaias agrícolas como o carro de bois, a charrua, o arado, a grade, imitavam objetos ligados ao quotidiano rural do Casteleiro. Através delas, as crianças, nomeadamente os rapazes aprendiam as funções e funcionamento de cada instrumento.

Brinquedos e brincadeiras de antigamente (4)
:: :: CASTELEIRO – JOGO DO PIÃO :: :: – Noutros tempos, andar com um pião e uma baraça no bolso ou na sacola da escola era praticamente obrigatório. Alguns eram comprados mas, a maior parte, eram feitos manualmente, mesmo que não bailassem muito bem. Cada um fazia gala de exibir a sua própria criação.

Casteleiro – Brinquedos e brincadeiras de antigamente (3)
«Não era preciso muito para a brincadeira acontecer, desde que a imaginação não faltasse… porque a natureza oferecia o que tinha: terra, água, lama, frutos, ramos e… espaço.»

Casteleiro – Brinquedos tradicionais comprados (2)
Nesta abordagem – Brinquedos tradicionais comprados – como noutras que se seguirão, procurei trazer até vós testemunhos de pessoas, que ao longo de alguns anos fui registando, procurando assim, ser o mais rigoroso possível no percurso, agora registado, entre o informando e o leitor.

Casteleiro – Brinquedos tradicionais (1)
Viajar ao mundo do brinquedo e do brincar de antigamente é mergulhar num tempo em que a «necessidade aguçava o engenho», é percorrer os campos em que os rapazes guardavam gado, à rua onde moravam, ao interior da casa onde as raparigas brincavam às bonecas e ajudavam as mães nas suas lides. Esta viagem lúdica, iniciada aqui hoje, será a primeira entre várias, registadas em forma de crónicas, e que terei muito gosto em partilhá-las com os respeitados leitores do Capeia Arraiana.

Quando o povo acredita…
Nos tempos que correm é cada vez mais difícil acreditar em promessas, a maior parte das vezes, usadas para alcançar objetivos que, de outra forma dificilmente assim aconteceria. Para muitas pessoas a «palavra» deixou de significar honra e vergonha, para dar lugar a um conjunto de vocábulos usados em contextos cirurgicamente trabalhados.

Emigrar em tempos difíceis
Ao longo da nossa História a emigração assumiu contornos de fuga, muitas vezes clandestina, à procura de melhores condições de vida e da libertação de um povo, que à sombra de um poder absoluto vivia na miséria. A crónica de hoje pretende abordar o papel das câmaras municipais neste processo.

Tempo de cravelo
Longe vai o tempo em que o cravelo era uma refeição essencial para quem, de sol a sol, e por entre a seara dourada, desafiava o sol escaldante dos dias de Verão. Uma refeição ligeira a meio da manhã reforçava as energias, tão necessárias ao duro trabalho do campo.

A roda do tempo
Com os seis franzinos anos, o Manel conhecia todas as ruas do povo, uma por uma! Do Batorel ao Ribeirinho, do Reduto ao Terreiro da Fonte, da Estalagem ao Alvarcão.

Rotunda com gente dentro
Desde muito cedo que a relação do homem com a terra se pautou por uma procura, constante, de respostas para as suas necessidades. É este espírito inconformista, que faz com que a sociedade de regenere e o «mundo pula e avança», como o caracterizaria António Gedeão.

Senhora da Póvoa – Romaria secular
Sete semanas após a primeira Lua Nova da Primavera, tem lugar no Vale da Senhora da Póvoa, a romaria em louvor da Santa que mais tarde haveria de emprestar seu nome à terra que a acolheu, aquando da sua aparição.