Category Archives: Contraponto

A ceva do marrano
A alimentação do porco que se destinava à matança assumia cuidados especiais, tendo em vista usufruir de boa carne e de produtos derivados da melhor qualidade. A ceva era inteiramente garantida por alimentos naturais, tirados da terra, o que dava à carne do suíno características únicas.

Morcela – um enchido de eleição
A azáfama das mulheres na matança dura toda a jornada e chega a entrar pela noite dentro. Era nesse dia que se confeccionavam as morcelas, o primeiro enchido a ir para o fumeiro. Feito à base de sangue e pão, é um dos melhores acepipes tradicionais, fruto dos temperos que lhe assistem.

Os petiscos da matança
Em tempos idos, nestes dias gélidos de inverno, a acalmia das aldeias era entrecortada pelo guinchar dos porcos em estertor, sucumbindo à faca sangradeira. O ritual da matança visava angariar alimento para longos meses, mas naquele dia a lambarice sobrevinha perante os petiscos que o momento proporcionava.

Bucho raiano – um prato de excelência
Nas nossas terras raianas, parte significativa da mostra gastronómica de raiz popular está nos enchidos, aqui anexos à matança do porco e ao aproveitamento de todas as suas partes. O bucho é o enchido de maior valor gastronómico e, por isso, aquele que melhor pode contribuir para a valorização económica da região.

O património culinário raiano
O património gastronómico de uma região constitui um potencial económico que importa aproveitar. No caso do concelho do Sabugal, o nosso povo soube sempre colher os prazeres da boa culinária, ainda que houvesse tempos muita míngua. Vamos falar dessa nossa abonada e diversificada gastronomia e das formas como dela podermos tirar o melhor partido.

Entrevista a Pinharanda Gomes (3)
Estávamos em Junho de 2011, Jesué Pinharanda Gomes recebeu-nos em sua casa, no escritório recentemente despido dos milhares de livros que cedera à Câmara Municipal do Sabugal para constituir um acervo bibliográfico que daria depois lugar ao Centro de Estudos com o seu nome. Então com 71 anos, o pensador falou-nos da sua infância, dos ascendentes e outros familiares, dos amigos e da vida dura, mas feliz, em Quadrazais. (A terceira de três partes).

Entrevista a Pinharanda Gomes (2)
Estávamos em Junho de 2011, Jesué Pinharanda Gomes recebeu-nos em sua casa, no escritório recentemente despido dos milhares de livros que cedera à Câmara Municipal do Sabugal para constituir um acervo bibliográfico que daria depois lugar ao Centro de Estudos com o seu nome. Então com 71 anos, o pensador falou-nos da sua infância, dos ascendentes e outros familiares, dos amigos e da vida dura, mas feliz, em Quadrazais. (A segunda de três partes).

Entrevista a Pinharanda Gomes (1)
Estávamos em Junho de 2011, Pinharanda Gomes recebeu-nos em sua casa, no escritório recentemente despido dos milhares de livros que cedera à Câmara Municipal do Sabugal para constituir um acervo bibliográfico que daria depois lugar ao Centro de Estudos com o seu nome. Então com 71 anos, o pensador falou-nos da sua infância, dos ascendentes e outros familiares, dos amigos e da vida dura, mas feliz, em Quadrazais. (A primeira de três partes).

Pinharanda Gomes – a infância em Quadrazais
Quadrazais, terra raiana do concelho do Sabugal, foi o berço de Jesué Pinharanda Gomes, que nasceu em 1939, a 16 de Julho, verão pleno. Numa longa entrevista que nos deu em 2011 (há sete anos), o pensador e escritor quadrazenho, que recentemente foi agraciado com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade da Beira Interior, contou-nos como foi a sua infância.

Os ovos na gastronomia raiana
Para perceber o que era a alimentação genuinamente raiana temos de ir ao encontro da gente mais antiga, porque a modernidade trouxe a normalização das ementas através da bitola citadina.

Valorizar a biomassa florestal
O aproveitamento da biomassa residual florestal é uma das chaves para uma melhor política florestal. Limpar a floresta e evitar os incêndios pode também contribuir para o aproveitamento de uma potencialidade económica para os territórios do interior.

Campanhas promocionais corporativas
A comunicação desempenha um papel fundamental na gestão dos municípios, especialmente na sua interacção com as populações. Porém na forma de informar e sensibilizar vem ganhando relevo a chamada promoção corporativa.

Captar imigrantes empreendedores
A realização das Web Summits em Portugal e a aposta constante no empreendedorismo, criaram condições para o acolhimento da inovação trazida pelas pequenas empresas emergentes de base tecnológica (startups), o que dá uma oportunidade ao interior do país.

Ausência de políticas de coesão territorial
A criação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior e a consequente aprovação do Programa Nacional de Coesão do Território, não significaram até agora nada de novo para os territórios do interior do país. Teme-se que a montanha volte a parir um rato, porque as expectativas estão a gorar-se para a tomada de medidas que possam reverter uma situação insustentável.

Águas residuais – aproveitar o Interreg
O programa Interreg V apoia e financia projetos de reutilização de águas residuais em pequenos aglomerados urbanos, uma acção à medida do concelho do Sabugal que precisa de aproveitar a oportunidade para resolver os problemas que subsistem.

Promover os bons sabores outonais
Estão aí os bons sabores do Outono e também as feiras e outros eventos que os promovem por todo o País. Porém no Sabugal, terra de boa castanha e de apreciados cogumelos, não se aproveitam as potencialidades desses produtos.

Apostar na transparência da acção municipal
Urge reformar o Município do Sabugal de modo transformá-lo numa organização de todos e para todos, garantindo uma ligação mais constante com os munícipes, mantendo as portas abertas à participação cívica, dando voz a quem quer exprimir-se e apresentar sugestões.

Uso e ocupação do solo – a chave do problema
Face à tragédia dos incêndios questionamo-nos como foi possível chegar aqui. Mas é bom de ver que foi o abandono do solo agrícola que criou as condições para que os rotineiros fogos florestais atingissem este ano proporções inimagináveis. A Política Agrícola Comum impôs medidas que conduziram a este desastre.

O Sabugal face ao relatório dos fogos florestais
Com o debate centrado na responsabilização política, não se olha com profundidade para o relatório da Comissão Técnica Independente aos incêndios de Junho. É que ele aponta caminhos onde o poder local pode e deve ter papel primordial e o Município do Sabugal ganhará em analisar o relatório e começar já a preparar o futuro.

Sistema Integrado de Gestão da Aprendizagem
À semelhança do que já acontece na maioria dos Municípios, o Sabugal precisa de dinamizar o Sistema Integrado de Gestão da Aprendizagem (SIGA), de modo a acompanhar a evolução da actividade das escolas do concelho e a desenvolver estratégias integradas que melhorem o ensino.

Eleições no Sabugal – o caminho para o abismo
Perdeu-se uma oportunidade de ouro para alterar o estado a que chegou o concelho do Sabugal. A uma maioria sem ideias nem capacidade para governar o concelho, junta-se uma oposição fragilizada e sem possibilidades para dar futuro promissor às nossas terras.

Turismo dá oportunidade ao Interior
A saturação do turismo nas grandes cidades abre oportunidades para o interior do país, que pode chamar a si muitos dos viajantes que se sentem rejeitados pelos grandes centros.

Resultados do apoio ao empreendedorismo
O programa de incentivo ao empreendedorismo promovido pela Câmara Municipal do Sabugal revelou-se estéril em termos de resultados. Nesta matéria, como noutras, é preciso fazer melhor.

A derrota de Sortelha
Infestaram Sortelha de torres eólicas, que deram altos proventos aos proprietários dos terrenos, à Junta de Freguesia e à Câmara, e destruíram-lhe o encanto. Era a aldeia histórica mais bonita de Portugal, mas passou a ser o exemplo de como se desvaloriza o património e se desbarata o potencial de um concelho.

Como superar o despovoamento
Para revitalizar uma região deprimida, como é a do Sabugal, são necessárias políticas novas que apostem na valorização dos recursos endógenos e incentivem o investimento e a criação de emprego. Há exemplos que podem ser inspiradores.

Resultados das unidades de missão
Alegando querer resolver problemas complexos e abrangentes, a Câmara Municipal do Sabugal assumiu quatro focos estratégicos de actuação e criou para o seu prosseguimento igual número de «unidades de missão». O que interessa saber é qual foi o trabalho desenvolvido e se os problemas foram entretanto resolvidos.

Quem defende os emigrantes
O sabugalense Carlos Luís, conhecedor profundo das comunidades portuguesas que vivem no estrangeiro, tem sido, enquanto tal, injustamente ignorado no seu concelho, que é precisamente uma terra de emigrantes.

Um projecto falhado em Malcata
O empreendimento Ofélia Club, acarinhado e apoiado pelo Município do Sabugal para o investimento de milhões de euros em Malcata, nunca avançou, mas foram expropriados terrenos que estão abandonados.

Um concelho Biológico
Há exemplos que merecem ser analisados e, se possível, replicados. Veja-se o caso do Município raiano de Idanha-a-Nova, que quer ser um «Concelho + Bio», estimulando a produção biológica e a economia verde para fixar novas empresas no território.

A parceria estratégica com as autarquias
Qualquer descentralização administrativa só será proveitosa para as autarquias se servir melhor as populações e se ficar garantida a articulação nacional em algumas matérias e a adequada afectação de recursos.

Sortelha Eólica
«Sortelha Eólica» é o título de uma reportagem do site Sapo Viagens, que neste Verão tem feito sugestões de passeios de lazer pelo interior do país, sobretudo em lugares históricos. O Sapo Viagens aconselha uma visita à antiga vila medieval do concelho do Sabugal, mas lamenta a saturação da paisagem com tanta torre eólica.

O fracasso da Enertech
A Enertech – Feira das Tecnologias para a Energia, realizada entre os dias 25 e 28 de Maio, redundou num fiasco no que toca à atractividade e à projecção do concelho do Sabugal.

A agricultura enquanto sector estratégico
A união em torno dos produtores agrícolas locais é algo essencial para o futuro do concelho do Sabugal, por se tratar de território onde a agricultura foi passado é presente e será futuro.

Regresso do mercado ao centro do Sabugal
A devolução do mercado do Sabugal ao centro da cidade é algo que se impõe mas que tarda em acontecer, porque a autarquia vive de costas voltadas para as pessoas.

Promovendo o envelhecimento activo
Sendo o envelhecimento activo uma matéria candente da sociedade actual, importa que o concelho do Sabugal, maioritariamente povoado por idosos, esteja na linha da frente da acção conducente à implementação de políticas que estimulem uma vida saudável para essa população local.

Valorizar as nossas praias fluviais
O concelho do Sabugal tem excelentes praias fluviais, contudo verificamos que nenhuma delas consegue ser reconhecida nacionalmente pela sua qualidade, o que torna necessário fazer algo mais para a valorização desses espaços de lazer.

A Capeia da Casa do Concelho do Sabugal
A oportuna crónica do Ramiro Matos sobre a fraca adesão dos sabugalenses às últimas edições da Capeia Arraiana da Casa do Concelho do Sabugal, leva-me a voltar a um tema que há tempos abordei, defendendo uma grande iniciativa promocional do Concelho do Sabugal na capital do país.

Qualificar as pessoas no concelho do Sabugal
Qualificar as pessoas para as ajudar na adaptação às novas exigências sociais e profissionais, é uma prioridade para os municípios do interior do país, como é o caso do Sabugal.

Qualificar e inovar
A aposta na qualificação e na inovação é tida como essencial para a afirmação dos projectos empresariais que melhor podem contribuir para o desenvolvimento. No Sabugal, essa aposta deve envolver as pequenas e médias empresas (PME), com recurso aos fundos de financiando disponíveis.

O Etnocentro Fronteira de Memórias
Há quatro anos anunciou-se para o Sabugal um projecto designado «Fronteira de Memórias – Centro Interpretativo do Contrabando, da Emigração e das Capeias Arraianas», considerado essencial para o concelho e que comportaria um investimento de 1,5 milhões de euros. O tempo passou e o vento varreu a ideia.