Category Archives: Diário de Joaquim Salatra

Joaquim Salatra – 18 de Junho de 1955
Desavença com o recluso Quintão na prisão de Caxias. O Espanhol que não sabia ler português. Visita a Monsenhor Ruas, que lhe traça limites. FIM dos registos no Diário

Joaquim Salatra – 22 de Abril de 1955
Nas prisões de Monsanto, Caxias e Limoeiro. Assistência aos presos com sobressaltos. Querem impedi-lo de exercer a acção de vicentino.

Joaquim Salatra – 29 de Março de 1955
Dado como mentalmente incapaz para o serviço, Joaquim Salatra foi afastado da Caixa Geral de Depósitos e passou a dedicar-se à obra de S. Vicente de Paula, a que pertencia. A sua «acção vicentina» desenvolve-se na assistência aos proscritos, levando-lhes a mensagem fraternal cristã.

Joaquim Salatra – 28 de Julho de 1954
À procura de uma cunha na Justiça. A miserável arranjou trabalho. Carta ao administrador geral da Caixa Geral de Depósito. Querem dá-lo por maluco e expulsá-lo e ainda teve que pagar ao médico que o atestou!

Joaquim Salatra – 19 de Julho de 1954
Durante dois anos não há registos no diário… Os factos dão a entender que Joaquim Salatra foi suspenso do serviço da Caixa Geral de Depósitos, sendo-lhe movido um processo disciplinar, a par de uma acção médica para verificação da sanidade mental.

Joaquim Salatra – 31 de Maio de 1952
A mulher volta a pedir dinheiro. As compras recentes que Salatra lhe fez. Mudança de advogado.

Joaquim Salatra – 2 de Fevereiro de 1952
Houve tumultos à porta do carvoeiro na Rua de Arroios. Almofada serve de capacho. Chamaram-lhe cabrão. A mulher sabe o que se passa.

Joaquim Salatra – 24 de Julho de 1951
Na repartição fala-se no resultados das eleições que elegeram o general Craveiro Lopes presidente da República com o apoio de Salazar.

Joaquim Salatra – 25 de Junho de 1951
Depois de um tempo de interregno, voltamos ao Diário de Joaquim Salatra. A revolta face aos conselhos do Padre Pio, que o quis conduzir pelo bom caminho, leva-o a escrever uma carta ao Cardeal Patriarca.

Joaquim Salatra – 8 de Junho de 1951
Brincam com a figura de Santo António. A homilia dominical de Padre Pio na igreja de Arroios. Espalham o ódio na repartição.

Joaquim Salatra – 25 de Maio de 1951
O povo morre à fome e a culpa é de Salazar. Maria Adelina sabe qual é o salário de Salatra e exige-lhe mais dinheiro. Quem passa a informação do que acontece na repartição?

Joaquim Salatra – 19 de Abril de 1951
Morreu o presidente da República, marechal Óscar Carmona. Padre Pio aponta os caminhos da redenção.

Joaquim Salatra – 31 de Março de 1951
Da guerra na Coreia à vida na freguesia de Arroios. Saída da repartição para ir pagar a renda da casa. Papéis e processos fora do lugar geram forte discussão.

Joaquim Salatra – 3 de Fevereiro de 1951
Acossado por toda a parte. A pintura de um bode numa folha de papel. Injúrias e ameaças. Silvino castigado por Deus. O lava-pés quaresmal.

Joaquim Salatra – 19 de Janeiro de 1951
Valente é comunista de primeiro plano, assim como maçon e mata-frades. Os cegos que passam na Rua da Emenda. Estaline está doente e vem aí Molotov.

Joaquim Salatra – 4 de Dezembro de 1950
Cartas imaginárias do Partido Comunista dirigidas à oficina de cromagem da Rua de Arroios, encorajando à perseguição ao beato jesuíta que ali mora.

Joaquim Salatra – 5 de Junho de 1950
O devasso Victor Martins e a moral colhida da Bíblia. O capitão que esmurrou o soldado. Perfídias de Silvino e saudades de Pulido.

Joaquim Salatra – 6 de Maio de 1950
livro dos contribuintes não inscritos. Cotrim prevarica. Valente recita versos pornográficos. Perseguido por Valente e Victor Martins.

Joaquim Salatra – 11 de Fevereiro de 1950
Soares é o enviado especial de Estaline. Recebimento de partilha gera discussão e irrita Valente. Atacado pela garotada no Regueirão dos Anjos. Lisonja e predestinação.

Joaquim Salatra – 19 de Novembro de 1949
Impõem-se autoritária. Uma lerda que vive nas trevas.Um pobre que bate à porta.A partilha de lucros e o piloto comunista.

Joaquim Salatra – 12 de Novembro de 1949
Crianças doentes de volta com os adultos. Inveja e perversidade dos companheiros de enfermaria. A mofa para com a caridade da «Fidalda». Também houve bons companheiros no hospital.

Joaquim Salatra – 9 de Novembro 1949
Dores horripilantes de estômago atiram com Salatra para o hospital. Malvado enfermeiro Jorge. Além da mulher há outros perversos, mesmo no hospital.

Joaquim Salatra – 21 de Julho de 1949
Tiradas ordinárias de Veiga Cardoso. Gargalhadas face aos nomes de árvores na onomástica judia. Conversa com Magalhães de Abreu.

Joaquim Salatra – 14 de Julho de 1949
Regresso à repartição. Aviso para pagamento de prestação. Altercação com Cotrim na repartição.

Joaquim Salatra – 15 de Maio de 1949
Peregrinação a Fátima para a cura milagrosa. Doença fingida. Relíquias de Sâo Francisco Xavier. Punição disciplinar.

Joaquim Salatra – 6 de Maio de 1949
Amigos da mulher são inimigos de Salatra. Mulher deve mandar no marido. Maldito merceeiro, ladrão e comunista.

Joaquim Salatra – 1 de Janeiro de 1949
Partiram os vidros da janela à luz do dia. Garotos ofendem por ordem do merceeiro. Comunistas em conluio. Discussão com o ignorante Veiga Cardoso.

Joaquim Salatra – 19 de Outubro de 1948
Segredo na repartição. A má educação de José, as más companhias e a revolta que o mina levaram-no à prisão. Mulher revoltada com a sorte do filho. José libertado pela Policia.

Joaquim Salatra – 18 de Outubro de 1948
Salatra foi ao santuário de Fátima, por ocasião da peregrinação de 13 de Outubro, onde assistiu ao milagre da cura de Maria Casimira da Silva.

Joaquim Salatra – 6 de Abril de 1948
Carta ao amigo Francisco António Costa. Tentativa de reconciliação. Julgamento e condenação de Salatra. Só, contra o mundo.

Joaquim Salatra – 14 de Outubro de 1947
De volta à Policia do Torel. Dificuldades na criação da secção da LIC. Leigo empenhado e respeitado. Inauguração de estátua a Salazar.

Joaquim Salatra – 1 de Maio de 1947
Conversa na Leitaria sobre vinhos e aguardentes. O José Carteiro. Comemorações históricas em Lisboa. Recado ao Dr Soares Luiz.

Joaquim Salatra – 10 de Março de 1947
De volta à secção das transferências para carimbar papéis num vão de escada. A soberba como pecado mortal. A declaração que Silvino recusou assinar. O recado fingido de Maria Aldina.

Joaquim Salatra – 31 de Agosto de 1946
O ódio volta a andar à solta na repartição. Os comícios de Eugénia e Veiga Cardoso. Fazer o serviço do sacristão Rodrigo. Uma capa da irmandade para entrar na Sé de Lisboa

Joaquim Salatra – 31 de Julho de 1946
Caim matou Abel motivado pelo ódio e pela vingança. Partir os queixos a um gajo. o trabalho degradante na enxovia e a visita do traiçoeiro Andrade.

Joaquim Salatra – 24 de Julho de 1946
O trabalho no arquivo e a lição do colega Amaro Ferreira. Visita à secção das transferências. Ladrões à solta com a conivência da Polícia do Torel e da Polícia de Vigilância.

Joaquim Salatra – 20 de Julho de 1946
Resistir heroicamente. Missa na igreja de Arroios pela alma de Zulmira. Transferência de secção apenas para castigo e humilhação.

Joaquim Salatra – 3 de Março de 1946
Versos pornográficos na retrete pública da Rua da Emenda. Intriga visando a destruição. Nova administração da Caixa. A fome tudo subjuga.

Joaquim Salatra – 28 de Dezembro de 1945
Maria Aldina volta a abandonar o lar acompanha pelo filho. Recrudesce a fúria pró-comunista. O desbocado António Valente destila ódio na repartição. Sob rigorosas condições a mulher o o filho regressam a casa.

Joaquim Salatra – 22 de Novembro de 1945
As relações da Justiça e da Guerra. A impertinente e convencida Eugénia. Silvino exige o cumprimento das suas ordens e ameaça Salatra.