Segundo o historiador espanhol Juan Antonio Llorente, a inquisição durou em Espanha de 1481 a 1820. Neste tempo (339 anos), são assustadores os números dos condenados e executados nos autos de fé.
Os condenados eram, via de regra, queimados, podendo arder em vida ou em efígie. A execução em efígie, ou estátua, era para os que se evadiam à justiça, sendo consumada através de uma encenação (por exemplo, queimando um boneco) – o sentenciado era declarado morto para a família e para a sociedade, e não tinha mais direito algum.
Durante a vigência do tribunal do Santo Ofício em Espanha, foram queimadas em vida 24.658 pessoas e 18.049 em efígie, não contando com os 288.314 condenados às galés e à prisão perpétua, além dos 200.000 obrigados a vestir o sambenito para transmitirem a infâmia à sua posteridade. Ou seja, o total de vítimas terá rondado 530.000.
O período mais doloroso aconteceu entre 1481 e 1498, na altura de Torquemada – o primeiro dos 45 inquisidores-gerais que teve o tribunal espanhol. Neste período foram queimadas em vida 10.220 pessoas, em efígie 6.840 e foram condenadas às galés e à prisão 97.361.
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«Histórias de Almanaque», por Paulo Leitão Batista
Amigo Leitão :
Ainda presentemente, o Estado espanhol está com grandes problemas com a hierarquia da Igreja Católica, esta é de um conservadorismo impressionante !
António Emídio