E a morte uma saída, uma saída de urgência! Fico chocado cada vez que na nossa comunidade, na nossa Terra, alguém põe termo à vida, choca-me o suicídio, seja onde seja que um Ser Humano ponha termo à vida, mas respeito, e muitas vezes compreendo…
A vida, simplesmente como fenómeno biológico, não é o máximo que nos pode dar, e amar a vida pela vida obriga a que muitas vezes se prescinda da dignidade pessoal e se sofra toda a espécie de humilhações.
Vale mais a Liberdade do que a vida? É preferível o suicídio do que cair na escravidão? Eu pergunto, mas não sei responder. Só sei que para milhões de Seres Humanos a vida é mil vezes pior do que a morte, ninguém dá valor à sua presença, são o Nada.
E nós, querido(a) leitor(a), o que nos espera? Em primeiro lugar começar a pensar e convencermo-nos que a morte é inerente à nossa condição, temos de reconhecer os nossos limites, se assim não for, o sofrimento quando chegar a altura será terrível. Depois compenetrarmo-nos que a partir de uma certa idade a vida é uma despedida progressiva. Por fim, chega Ela que nos guiará até ao seio da Mãe Natureza.
Será que a Morte é que é a Vida, e a Vida uma Morte?
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«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Junho de 2008)
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