Há superstições para todos os gostos e muita gente acredita piamente em algumas delas. Porém, bem vistas as coisas, a grande maioria das superstições que nos afligem são realmente caricatas.
A água límpida dá felicidade e a água turva traz cuidado.
A água fervente dá uma felicidade com que se não contava.
Um fogo cintilante quer dizer satisfação. Mas se o fogo não acende, se se apaga ou se lança faúlhas para fora da chaminé, temos desgraça.
Se o dedo mindinho ficar dormente, o olho esquerdo convulsiona-se.
É bom espirrar do meio-dia à meia-noite, mas é mau fazê-lo entre a meia-noite e o meio-dia.
Entrar com o pé direito, cuspir no chão antes de começar um jogo a dinheiro, falar de pombos à mesa, encontrar uma cabra ou um sapo, são coisas que dão sorte.
Entrar com o pé esquerdo, caminhar atrás de alguém, cruzar-se com um gato preto, acender três velas ao mesmo tempo, cruzar facas, entornar o saleiro, verter vinho sobre o fato, cuspir para o lume, cortar as unhas à sexta-feira, quebrar um espelho – eis o que dá manifesto azar.
Se os sinos tangem ou se se quebra uma corda do piano, temos boa nova.
Avermelhar-se-nos a orelha esquerda, significa que alguém está a dizer bem de nós.
Mas, atendendo bem, tudo isto é ridículo…
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Por Paulo Leitão Batista
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