A oportuna crónica do Ramiro Matos sobre a fraca adesão dos sabugalenses às últimas edições da Capeia Arraiana da Casa do Concelho do Sabugal, leva-me a voltar a um tema que há tempos abordei, defendendo uma grande iniciativa promocional do Concelho do Sabugal na capital do país.
Não gosto de me citar, mas tenho que reafirmar algo que escrevi em 31 de Maio de 2016, nesta mesma coluna, em relação ao que deveria ser para o concelho a Capeia Arraiana organizada pela Casa do Sabugal:
«A ocasião deveria ter sido há muito aproveitada pela Câmara Municipal para realizar na capital do país um conjunto de iniciativas anexas à Capeia, que promovessem o concelho enquanto terra com história, tradições, monumentos, recursos naturais, assim como capacidade empreendedora e produtiva. Exposições, feira de produtos, colóquios e demonstrações culturais de variados géneros, deveriam difundir na capital de Portugal os nossos valores e potencialidades» – aqui.
Isso que na altura escrevi, expondo uma ideia que há muito defendo para a promoção sabugalense, leva-me a afirmar a plena pertinência daquilo que o Ramiro igualmente propôs.
A Casa do Concelho do Sabugal é de fundamental importância para o futuro do concelho, nomeadamente no que se refere à sua projecção a nível nacional. Isso obriga a que essa associação e o Município dêem as mãos num mesmo objectivo: valorizar o concelho promovendo a sua economia, cultura e tradição.
A Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa não voltará a ser a associação que congrega os sabugalenses pelo convívio, como o fez durante longos anos após a sua fundação em 1975. Essa feliz e marcante vida associativa em que se confraternizava comendo, bebendo, conversando, jogando e bailando, está ultrapassada e não cativa as novas gerações. As vivências são outras e os estilos de vida e de convivialidade tornam penosa a missão da Casa do Concelho, se continuar a trilhar o mesmo caminho.
Resta a opção por uma parceria formal e empenhada entre a Associação e o Município, cada um assumindo compromissos, tendo sobretudo em vista a promoção do concelho na capital do país.
Também concordo com o Ramiro no que toca ao regresso da Capeia da Casa do Concelho ao Campo Pequeno, em Lisboa. Mau grado o elevado custo desta opção, uma efectiva união de esforços entre Câmara e Casa poderá garantir esse objectivo.
Estão aí as eleições autárquicas de 2017, sendo importante saber o que os candidatos pensam sobre este assunto da congregação de esforços entre sabugalenses e as suas instituições na promoção do desenvolvimento, sem esquecer o papel da diáspora sabugalense.
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«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
leitaobatista@gmail.com
Concordo totalmente com o defendido pelo Paulo Leitão e pelo Ramiro Matos, pois considero o envolvimento de todos os sabugalenses espalhados pelos quatro cantos do mundo e a promoção externa do Concelho do Sabugal como minhas prioridades quando for eleito Presidente da Câmara Municipal.
António Dionísio
caro Paulo
revi agora a tua crónica de 2016, e se a tivesse lido antes, bastaria ter escrito “Estou de acordo com o que o Paulo Leitão disse há um ano.”
É bom que esta ideia vá fazendo o seu caminho.
Havemos de chegar lá, e estou certo que o Toni fará desta nossa ideia uma ideia sua.
Ramiro Matos
Amigo Leitão:
Tentei enviar-te dois comentários, ambos se « recusaram » a partir. Quero só dizer-te que a tradição não pode superar a excelência, nem a excelência a tradição, e o que é a excelência a que me refiro ? Colóquios sobre o Concelho como aquele que se fez na Sociedade de Geografia aí em Lisboa e que tu foste orador, a presentação dos nossos poetas, escritores, pintores, escultores, um debate aí em Lisboa sobre filosofia com o Pinharanda Gomes e os seus amigos filósofos, creio que ninguém fechava as portas em Lisboa a eventos destes. Não ia lá ninguém ! Até podem ter razão os que assim pensam, mas quem não se mexe não sai do sítio…
Um abraço amigo Leitão