Esta realidade, a do envelhecimento da população europeia é uma ameaça que se abate sobre o sistema público de pensões, principalmente nos países do Sul, onde o envelhecimento vive junto com a baixa produtividade e elevada dívida pública, não conseguindo as finanças públicas desses países resolver este problema e ameaça constantes. O caso de Portugal.
Quando nasci, 1954, na maternidade Alfredo da Costa, médicos e enfermeiros tinham o dia preenchido com dezenas e dezenas de partos, era o – Baby Boom – pós Segunda Guerra Mundial na Europa. Em 2012 foi decidido pelo governo de então encerrá-la, sinal que já não era necessária, eu acredito que a Alfredo da Costa vai ser adaptada mais dia menos dia para uma unidade de geriatria.
Segundo o Correio da Manhã, «Faltam 30 mil bebés ano para o País ter futuro». Mas este problema têm-no todos os países da Europa, cada vez nascem menos crianças, e a esperança de vida aumenta, prevê-se que até meados deste século a Europa manterá o mesmo número de habitantes, mas a idade média será de 50 anos, em 1961 era de 30 anos (dados Eurostat). Eu creio que se aos jovens desempregados dessem trabalho efectivo e não precário, ajudados por um verdadeiro Estado Social, haveria mais casais com mais filhos, mas tudo a continuar da maneira que está, prevê-se que daqui a 30 anos haverá dois trabalhadores por cada pensionista. O valor das pensões será também cada vez mais baixo, razão pela qual os Estados estão a mandar os trabalhadores para uma segurança social privada, bancos e seguros.
Adriano Moreira num artigo do D.N. de 29 de Março de 2017, referindo-se a palavras de Erdogan: «(…) incitando essas comunidades turcas no estrangeiro a multiplicarem os filhos dos casais (aconselha cinco) para repovoar a Europa (…)»
Esta do Erdogan é uma provocação aos alemães, aos seus teóricos do racismo e da superioridade da Raça Aria. Mas não era preciso, o Mundo caminha quer se queira quer não para uma miscigenação étnico-cultural, a Raça Branca qualquer dia será minoritária, a História está sempre em movimento.
:: ::
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
Leave a Reply