Em 5 de Março de 1917 morreu, em Lisboa, Manuel de Arriaga, primeiro presidente da República Portuguesa.
Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nasceu em 8 de Julho de 1840, na cidade da Horta, nos Açores, filho de Sebastião de Arriaga e de D. Maria Antónia Pardal Ramos Caldeira de Arriaga, ambos descendentes de famílias nobres das ilhas açorianas.
Teve seis filhos, dois rapazes e quatro raparigas. Faleceu em 5 de Março de 1917, com 77 anos de idade.
Formou-se em Leis na Universidade de Coimbra, onde logo manifestou simpatia pelas ideias republicanas, o que provocou um conflito insanável com o pai, que o deserdou e lhe deixou de custear os estudos.
Para sobreviver e pagar os estudos passou a dar aulas no liceu, primeiro em Coimbra e depois em Lisboa.
Torna-se depois advogado, posição em que defendeu inúmeros republicanos processados devido às suas ideias políticas.
Filiado no Partido Republicano, foi eleito por diversas vezes deputado, e em 1890 foi preso, em consequência da sua participação nas manifestações patrióticas de 11 de Fevereiro, relativas ao Ultimato Inglês.
Entrou depois para o directório do Partido Republicano, estando nessa condição aquando da revolta de 31 de Janeiro de 1991.
Depois da proclamação da República, Manuel de Arriaga tornou-se reitor da Universidade de Coimbra e Procurador da República.
Em 24 de Agosto de 1911 foi eleito Presidente da República, derrotando no parlamento a candidatura de Bernardino Machado.
Assiste a uma progressiva divisão das forças Republicanas e tenta chamar as facções e partidos rivais à razão, mas com pouco sucesso.
Dadas as dificuldades no exercício do cargo, Manuel de Arriaga vê-se obrigado a resignar em 26 de Maio de 1915, saindo do Palácio de Belém escoltado por forças da Guarda Republicana. Foi substituído pelo Dr. Teófilo Braga.
Manuel de Arriaga morreu amargurado dois anos depois, em 5 de Março de 1917.
plb
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