Dia 28 de Outubro foi aprovada pelo Executivo Municipal, e enviado à mesa da Assembleia Municipal a proposta do Plano Plurianual de Investimentos (PPI) para 2017.
Os documentos já se encontram disponíveis no sítio do Município, o que me permite fazer uma apresentação sumária dos mesmos.
O investimento previsto para 2017 é de 6,81M€, dos quais 3,21M€ (47,1%), isto é, trata-se de um Plano em que quase 50% do que se pretende executar, não tem ainda cobertura orçamental! (ano eleitoral!…). A despesa está assim distribuída:
• Educação – 0,48M€ (7,0%), na sua quase totalidade cobrindo as intervenções a efetuar nas Escolas Básicas do sabugal e do Soito
• Cultura, desporto e tempos livres – 0,24M€ (3,5%), dos quais 61,9% (0,15M€) e destinados ao Parque da Música da Bendada não têm financiamento definido.
Mas, e porque prometer é fácil, aponta-se para investimentos de mais de 2M€ para os anos de 2018, 2019 e 2020!
• Ação Social – 22.000€ (0,32%). (Infelizmente continua a não ser gralha!)
• Habitação e Edifícios Municipais – 0,28M€ (4,1%), dos quais 0,23M€ (82,1%), não têm financiamento definido!
• Iluminação Pública – 30.000€ (0,44%).
• Urbanização – 0,28M (4,1%), dos quais 47,7% não têm financiamento definido.
• Regeneração Urbana na Cidade do Sabugal – 1,72M€ (25,3%), mas dos quais 43% não têm financiamento definido.
Assim, dos investimentos elencados para o Sabugal, têm financiamento definido as obras “Rua 5 de Outubro – Mobilidade e Acessibilidade”, “Escultura verde – Jardim temático Milagre das Rosas”, “Largo da Fonte”, “Centro de Artes e Ofícios” e “Requalificação da Praça da República e do Largo de S. Tiago”. quais 78,9% se destinam à “Entrada Sul no Sabugal – Requalificação Urbana” e à “Rua 5 de Outubro – Mobilidade e Acessibilidade”.
Mesmo assim, e a concretizarem-se estes investimentos, eis uma boa notícia para a cidade do Sabugal
• Saneamento e Salubridade – 0,24M€ (3,5%), dos quais 62,5% não têm financiamento definido.
• Proteção Civil – 7.500€ (0,11%).
• Desenvolvimento Económico e Abast. Público – Água, Aumento de Cobertura e Fiabilidade – 0,24M€ (3,5%) sendo que mais de metade se refere a investimentos sem financiamento definido.
• Desenvolvimento Económico e Abast. Público – Termas do Cró – 0,3M€ (4,4%), dos quais 67% não têm financiamento definido.
• Desenvolvimento Económico e Abast. Público – Sabugal + Atrativo – 0,52M€ (7,6%). Embora 71,9% dos investimentos a efetuar não tenham financiamento definido, esta é uma parte do PPI com a qual não posso deixar de estar de acordo.
• Desenvolvimento Económico e Abast. Público – Dinamização do Tecido Empresarial Local – 0,71M€ (10,4%), o que sendo um valor significativo, pouco representa, pois 61% não têm financiamento definido.
• Desenvolvimento Económico e Abast. Público – Estratégia Municipal de Apoio às Empresas e Empreendedores – 0,1M€ (1,5%). Apesar de um valor afetado praticamente simbólico, esta é uma parte do PPI que penso abre campo para outros voos em futuros PPI.
• Sabugal+ Valor – Mais uma rubrica que, pese embora praticamente não ter verba atribuída (15.000€), constitui um sinal a manter para o futuro.
• Comunicações e Transportes – 0,92M€ (13,5%). Claramente uma verba de ano eleitoral, pois 86,2% não têm financiamento definido!
• Defesa do Meio Ambiente – 0,92M€ (13,5%), salientando-se o investimento em eficiência energética (0,6M€) e na Recuperação das Margens do Côa entre Margens (0,23M€).
• Administração Autárquica – 36.500€ (0,54%).
• Estudos e Projetos – 0,22M€ (3,2%).
• Sabugal Concelho Digital – 0,1M€ (1,5%)
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ps1. No IV Festival de Cinema Latino a decorrer em Minéapolis, Estados Unidos da América, um único filme de língua portuguesa foi selecionado, «A Cidade onde Envelheço», de Marília Rocha, com produção do meu filho João.
Também, com produção do João, o filme «Provas e Exorcismos» de Susana Rocha compete no V Festival Internacional de Antofagasta no Chile.
Igualmente produção do João a curta «Ascensão» de Pedro Peralta está presente no 36.º Festival Internacional do Cinema em Amiens, França.
Entretanto AMA-SAN, de Cláudia Varejão foi considerado o melhor filme no Pravo Ljudski Film Festival, Sarajevo e estará na competição oficial do Festival dei Popoli em Florença.
Por último, a Agência Nacional de Cinema do Brasil, financiou o filme «Mato seco em chamas», coprodução luso-brasileira dos realizadores Joana Pimenta e Adirley Queirós com 650.000, a que se juntam os 150.000 dólares de financiamento já aprovado pelo Instituto do Cinema e Audiovisual português. Este mesmo filme tem como produtor nacional o meu filho e a sua produtora Terra Treme.
ps2. Desde 9 de Novembro uma visita ao Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia da Fundação EDP permite ver uma obra de Joaquim Sapinho, um dos descendentes do Sabugal que mais se tem destacado no panorama cinematográfico. A não perder!
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Cronista/Opinador no Capeia Arraiana desde Setembro de 2007)
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