A recente inauguração de uma unidade hoteleira nas termas do Cró melhora a atractividade da estância e potencia o seu desenvolvimento, situação de que pode beneficiar todo o concelho do Sabugal. Há porém um conjunto de acções complementares que é necessário colocar em prática para que o Cró tenha viabilidade.
Os tempos não estão bons para o termalismo em Portugal. Depois de um período de crescimento e consolidação, sobreveio a crise económica, agravada com a política de cortes orçamentais que fizeram com que os tratamentos termais deixassem de ser comparticipados.
A queda no termalismo afecta todo o sector, quer no chamado termalismo clássico, voltado para os tratamentos, quer no sector do bem-estar, que é complementar aos banhos terapêuticos.
É neste cenário desfavorável, ainda que com sinais ténues de recuperação, que surge o desafio das Termas do Cró, renovado com a entrada em acção do novo hotel, cujo investimento importou em 3 milhões de euros.
A Câmara Municipal do Sabugal tem a obrigação de reforçar o apoio às Termas, por duas ordens de razões: a necessidade de viabilizar um negócio onde houve investimento público e a importância de contribuir para a melhoria na saúde e no bem-estar dos munícipes.
Uma das formas essenciais de apoiar as termas é a da criação e dinamização de um Programa de Termalismo Sénior, que possibilite actividades de lazer voltadas para a promoção da saúde e o bem-estar dos mais idosos do concelho.
Em cooperação com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), nomeadamente as que detêm e gerem lares e centros de dia no concelho, a Câmara deverá garantir condições para que os utentes usufruam da estância termal.
Nesse programa, o Município deverá protocolar com as IPSS o custeio do transporte de ida e volta às termas, complementado com passeios de lazer e actividades de carácter cultural e recreativo. A Câmara poderá ainda apoiar os tratamentos termais, sobretudo os dos utentes de menores recursos. Já o acompanhamento dos idosos, poderá ficar a cargo dos técnicos das IPSS.
Tudo pode e deve ser acordado entre o Município, as IPSS e as Termas, definindo a responsabilidade de cada entidade e os termos que garantam a execução do Programa.
Há outras medidas que poderão ser adoptadas para ajudar a viabilizar a estância termal, e disso falaremos em próximas crónicas.
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«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
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Concordo plenamente com a exposição ou crónica do nosso Amigo Paulo Leitão.
A Câmara Municipal não se pode fechar em Copas e deixar andar….
Desejo os maiores êxitos para as duas inidades…
Estou a frequentar as Termas do Cró, num tratamento das Vias respiratórias….
Quanto a mim, os serviços prestados e o nível profissional do pessoal, é de muito bom nível, que não Fica a dever nada ao profíssionalismo Francês…