Nunca, por nunca ser, eles pensaram que iam ter umas férias assim. Eles são Passos Coelho (sim, o da austeridade para lá da troika) e Paulo Portas (sim, o dos submarinos e dos vistos «golden» – tudo sob suspeita…). Eles agradecem.
Não gosto de nem devo meter-me, aqui, pelos problemas partidários dentro. Não é isso que quero. Apenas quero fazer um alerta muito sério. Trata-se de António José Seguro, do PS e de António Costa. Trata-se do País. E peço desculpa por vir aqui desabafar. E, sim, como disse, alertar, eventualmente.
Está na cara que algo está errado. Muito errado. Para descanso do PSD e do CDS, mas sobretudo do PSD.
Agora já toda a gente percebeu que a derrota da maioria nas europeias foi gigantesca e que a vitória do PS foi uma coisinha que não abre caminho nenhum para São Bento – que é o que é preciso.
Mas, sabido isso, era então de se pensar que Seguro era curto. Era de pensar que havia que procurar outros caminhos.
Nem sei se é Costa. Nem sei se há outros caminhos. Mas se eu fosse ao Tó Zé Seguro, o nosso conterrâneo ali de Penamacor, procurava alternativa. Já deve ter percebido que não é por ali que passa São Bento.
Pois bem. Fez o pior que podia ter feito: percebeu, mas quis dificultar o caminho a Costa; percebeu mas atrasou as votações e complicou os modelos, querendo numa altura destas do País, do PS e da governação, experimentar algo novo e complexo: as primárias, ainda para mais abertas a simpatizantes (que, ainda por cima, para votarem, têm de pagar até três euros). Que raio de complicação para uma altura destas.
Passos e Portas nunca conseguirão agradecer tão grande favor.
Limitam-se por isso a relaxar de poltrona e a bater palmas de contentes, mas disfarçando, para não espantarem a caça.
Nunca eles pensaram ter agora uns mesitos de férias!
Mau número, meu caro conterrâneo Seguro, de Penamacor.
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José Carlos Mendes
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