A historiadora sabugalense Maria Máxima Vaz é a escolha do Capeia Arraiana para «Personalidade do Ano 2013». A eleita sucede a Pinto Monteiro (2007), António Robalo (2009), Santinho Pacheco (2010), Manuel António Pina (2011) e José Soares Ricardo (2012).
A sabugalense Maria Máxima Vaz é a nossa escolha para «Personalidade do Ano 2013».
A ilustre historiadora nasceu na aldeia de Abitureira, freguesia de Vila do Touro, e foi professora do ensino primário nas freguesias de Águas Belas, Quadrazais, Casteleiro e Santo Estêvão.
Rumou a Odivelas onde acompanhou os tempos revolucionários, pós-25 de Abril, tendo participado na requalificações escolar do território do então concelho de Loures. Destacou-se, igualmente, no processo político de consolidação do concelho de Odivelas que comemorou, recentemente, 15 anos de existência.
Em conversa recente recordava-nos com carinho os tempos em que frequentou o Curso do Magistério Primário na Escola da Guarda e onde foi discípula de Manuel Leal Freire «o professor da memória prodigiosa».
Fez o estágio pedagógico (dois anos) para professora do «Secundário» na Escola Secundária de Odivelas e possui o curso de formação para Directores de Turma do Ministério da Educação. As competências adquiridas permitiram-lhe ser professora do Ensino Primário e Secundário e formadora no Centro de Formação de Professores D. Dinis, em Odivelas.
Na actividade comunitária foi vogal e membro da Assembleia de Freguesia de Odivelas por um mandato.
Fez trabalho continuado por vários anos e no presente, com as escolas de todos os níveis de ensino sobre Património, História e Cultural Local e colabora com associações culturais e religiosas sobre arte e história local de Odivelas.
Entre 1986 e 2005 foi guia de visitas ao património do concelho de Loures. Nos capítulos da Confraria da Marmelada de Odivelas no Mosteiro de São Dinis tem deliciado os participantes com os seus ensinamentos sobre doçaria conventual na cozinha das freiras e sobre el-rei D. Dinis junto ao túmulo onde repousam os seus restos mortais. «D. Dinis era ruivo, media cerca de um metro e sessenta e ainda tinha os dentes todos quando morreu», é um dos ensinamentos obrigatórios que dá aos grupos na igreja do mosteiro.
Tem colaborado com jornais e revistas regionais e locais e é actualmente colaboradora do «Capeia Arraiana» com a rubrica «Por Terras de D. Dinis» que tem invariavelmente, todas as semanas, centenas de leitores e dezenas de partilhas no Facebook.
Maria Máxima Vaz licenciou-se em História (17 valores) e obteve o título de mestre em História Contemporânea de Portugal na Universidade Clássica de Lisboa. Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa fez o curso de doutoramento em História Contemporânea, o curso livre «No Tempo de D. Dinis» e o Doutoramento com a classificação de Muito Bom atribuído por unanimidade pelos membros do júri.
Em reconhecimento da sua dedicação ao estudo e ao ensino da História foi convidada, em 2013, para fazer parte do restrito grupo de investigadores do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa.
Fundado em 1990, o Instituto integra docentes de História Contemporânea do Departamento de História e outros investigadores convidados.
Maria Máxima Vaz foi homenageada com as seguintes distinções:
– Medalha de Mérito e Dedicação, grau Prata da Câmara Municipal de Loures;
– Medalha de Relevantes Serviços à Comunidade, grau Prata, da Junta de Freguesia de Odivelas;
– Medalha de Bons Serviços à freguesia, da Junta de Freguesia de Caneças;
– Membro honorário do Rotary Club de Odivelas;
– Membro honorário da Confraria da Marmelada de Odivelas;
e agora «Personalidade do Ano 2013», pelo «Capeia Arraiana».
A historiadora é autora e co-autora de mais de uma dezena de obras publicadas. Destacamos:
– O concelho de Odivelas, memórias de um povo;
– O Mosteiro de São Dinis;
– A casa do arcebispo (cadernos do património);
– Augusto Dias da Silva, o sonho e a obra (biografia);
– Odivelas – Uma viagem ao passado;
– O círio dos saloios a Nossa Senhora do Cabo Espichel;
– Odivelas em banda desenhada;
– Memórias do Olival Basto;
– Loures, tradição e mudança (monografia);
– Redescobrir a Várzea de Loures;
– D. Dinis – o Rei civilizador;
– O Senhor Roubado (cadernos do património);
– O Memorial (cadernos do património);
– O Coreto (cadernos do património);
e a investigação histórica raiana «Subsídio para o estudo da vida e obra de Nuno de Montemor».
Em Agosto de 2013 a grelha da programação da LocalVisãoTv passou a incluir uma reportagem histórica junto ao túmulo de D. Dinis no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo de Odivelas onde estiveram à conversa os historiadores sabugalenses Maria Máxima Vaz e Adérito Tavares. É um documento, ao vivo, sobre a decisiva influência na História de Portugal de El Rei D. Dinis com o Tratado de Alcanices no Sabugal e com o Mosteiro das Freiras Bernardas da Ordem de Cister em Odivelas. O documentário pode ser vistos na LocalVisãoTV na Zon (posições 14 e 199), Meo (198 e 199), Cabovisão (16), Vodafone TV (198 e 199) e Optimus Clix (19).
Maria Máxima Vaz é uma das maiores, senão mesmo a maior, especialista na história (e estórias) de El Rei D. Dinis. É uma personalidade ilustre e reconhecida na sua terra de adopção – Odivelas – onde já foi homenageada com a atribuição do seu nome a uma rua e a uma escola primária.
Assim, consideramos a professora doutora Maria Máxima Vaz merecedora da distinção de «Personalidade do Ano 2013».
José Carlos Lages
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Só me orgulho cada vez mais e sempre em ser seu amigo. Beijo carinhoso e o meu respeito ao teu grande brilho e conhecimento.
Obrigada pela consideração JFernandes e também pelas informações sobre os Pelourinhos. Também tenho apreendido muito consigo.
Desejo para todos um ano de 2014 que nos dê sinais de alguma esperança.
MM
Apesar de não ser natural do sabugal, mas donde certamente seria se tivesse nascido 70 anos antes, conforme se pode ver no texto de 25 de Dezembro sobre os pelourinhos, não posso estar mais de acordo com a distinção que este órgão regional resolveu atribuir à Srª. Drª. Maria Máxima Vaz.
Trata-se na verdade de uma personagem que merece não só o reconhecimento dos naturais do concelho que a viu nascer, mas, diria eu, do próprio país.
Estou certo que a escolha não merece quaisquer reservas e eu próprio me associo a ela. E quando assim é, está de parabens quem escolhe e quem é escolhido.
Boas festas para todos.
JFernandes
Agradeço ao Capeia Arraiana esta nomeação que tanto me honra. Orgulho-me das minhas raízes raianas, umas da margem direita e outras da margem esquerda do Coa. Orgulho-me da nossa gente honrada e trabalhadora, cujos valores nunca traí e espero conservar até ao fim. É entre os meus conterrâneos que me sinto bem e são os meus conterrâneos que quero valorizar levando o seu nome onde me é permitido levá-lo. Se “um ser que se eleva, eleva o mundo”, é meu desejo elevar as terras E AS GENTES raianas, sempre que subo um degrau no conhecimento.
Viva o POVO RAIANO !