As novas portagens que passarão em breve a ser cobradas nas auto-estradas que servem a Beira Interior (A23 e A25) poderão afectar uma média diária superior de 21 mil automobilistas.
Segundo a edição on-line do Diário Económico, a introdução de portagens nas últimas quatro concessões SCUT (sem cobrança aos utilizadores), prometida pelo Governo até ao final do presente mês, vai afectar cerca de 42 mil utilizadores por dia, sem que metade desse número é composto pelo tráfego diário das auto-estradas A23 e A25.
Citando dados divulgados pelo Instituto Nacional de Infra-estruturas Rodoviárias, no primeiro semestre deste ano, o tráfego médio diário conjunto nestas quatro SCUT foi de 42.248 automóveis diários. Esse valor significativo verificou-se, mau grado as quebras gerais registadas em todas as concessionárias SCUT.
Será sobre este universo que vai incidir a medida anunciada na passada sexta-feira, na Assembleia da República, por Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, durante a apresentação das linhas orientadoras do Plano Estratégico de Transportes, para o período de 2011 a 2015.
No primeiro semestre deste ano, foi a SCUT do Algarve a que registou mais tráfego, com uma média diária de 14.548 veículos. É também sobre esta SCUT, que liga Lagos até à fronteira espanhola, em Vila Real de Santo António, que a contestação tem sido mais forte, não só em Portugal, mas também do lado de Espanha, uma vez que é muito utilizada por turistas espanhóis que visitam regularmente o Algarve.
A SCUT das Beiras Litoral e Alta, que vai de Aveiro a Vilar Formoso, apresentou um tráfego médio diário de 11.903 carros durante o primeiro semestre deste ano. A SCUT da Beira Interior, entre Abrantes e a Guarda, registou uma circulação diária de 9.470 veículos diariamente, e a SCUT do Interior Norte, ente Viseu e Chaves teve um tráfego diário de 6.327 viaturas.
Teme-se porém que a introdução das portagens afaste, pelo menos num período inicial, uma parte substancial do tráfego das auto-estradas, o que gorará em parte as expectativas criadas em torno da receita estimada pelo Governo e pelas Estradas de Portugal.
jcl
Estou a pensar seriamente em ir na A23 ate Abrantes, sair ai apanhar o que resta do IP2 ate Castelo Branco depois Penamacor, Sabugal e Badamalos, demoro mais uma hora mas poupo ida e volta perto de 20€ e não esquecer levar as sandes, porque estar a poupar nas portagens e gastar em restaurantes ainda fica mais caro
Eu vou ser, um dos que deixo de utilizar a A23, não estou para governar chulos neste país.
Esta cambada, com a medida vai matar o interior pouco a pouco, o pouquíssimo que resta da nossa raia vai acabar por desaparecer.