Realizou-se em Aldeia da Ponte mais uma edição do festival «Ó Forcão Rapazes», onde os pegadores de nove povoações do concelho do Sabugal com tradições tauromáquicas arreigadas mostram como se lida o toiro com o forcão, perante uma praça a abarrotar de gente.
A tarde acalorada e abafada de 20 de Agosto ficou marcada nas terras raianas pela excelente exibição na lide dos toiros com forcão, num espírito de rivalidade e de competição entre as diferentes aldeias, onde o convívio e a amizade entre os povos raianos também teve lugar. A força dos toiros de Zé Nói, ficou desde logo evidente com a forte investida do primeiro deles no forcão de serviço, cuja trave fronteira foi literalmente partida, deixando o instrumento inoperacional. O forcão suplente sofreu também com as imponentes investidas, com as galhas de carvalho a quebrarem-se sucessivamente, o que motivou a intervenção dos «especialistas», que, munidos de galhas novas e ferramentas apropriadas, consertaram o forcão em plena arena.
A evidente força dos touros, não deixou de motivar queixas de uma ou outra equipa que viu quedar-lhe em sorte um boi com menor sentido em investir nas galhas do forcão. No geral assistiu-se a boas intervenções, que cumpriram o objectivo de demonstrarem a espectacularidade da capeia arriana, enquanto diversão tauromáquica num ano em que o Município sabugalense avançou com a candidatura desta tradição a património imaterial da humanidade.
Para além dos touros e do forcão a tarde tórrida de Agosto proporcionou momentos de confraternização entre os povos das aldeias, malgrado a rivalidade e a disputa pela melhor pega. A solidariedade esteve exemplarmente à vista quando um elemento da equipa de pegadores de Aldeia da Ponte se sentiu mal durante a lide, num momento em que o toiro investia rijo. Face ao percalço, de que muitos mal se aperceberam, os rapazes de outras equipas saltaram para a arena, desviando a atenção do touro e retirando em ombros o jovem indisposto para a trincheira, onde foi prontamente assistido pelos bombeiros voluntários do Soito.
O festival «Ó Forcão Rapazes», é um excelente momento de divulgação da tradição raiana e de demonstração da bravura e coragem das suas gentes. Muitos vieram de longe para assistirem à excelente demonstração, o que traz à evidência a potencialidade da capeia arraiana como promoção do concelho do Sabugal.
A importância do festival na divulgação da capeia exige uma mais cuidada organização do evento. O ritual associado a esta tradição tem que ser mais bem cuidado e o orador de serviço (o nosso estimado amigo Esteves Carreirinha) deveria seguir um guião mais formal, no sentido de dizer apenas o que era necessário e no momento adequado. Os tempos mortos poderiam ser ocupados com alguma animação. É necessário fazer algo mais pelo Festival, dando-lhe outra dinâmica, numa altura em que o mesmo pode ser aproveitado como um dos grandes pólos de divulgação da Capeia Arraiana face à candidatura a património da humanidade.
plb
Tem razão António Santos. A malta do Soito e do Sabugal têm que puxar mais pela imaginação e criar eventos nos espaços públicos, não estar á espera que caia tudo de mão beijada. Olhem para o Sr. Zé Manel dos Foios que anima o Centro Nascente do Côa, sem necessitar da Câmara,
Triste Arraiana
Eu confesso que até gostei do Festival deste ano.
Aldeia da Ponte reúne melhores condições do que o Soito, em minha opinião, para a realização do festival e o mesmo deveria realizar-se sempre nessa praça, pois foi aí que nasceu. Para a praça do Soito a Câmara, que é a proprietária, ou a Sabugal+, que gere o espaço, deveriam ter a coragem de organizar um outro grande evento de promoção da capeia, complementar à realização do festival em Aldeia da Ponte.
Felicito a organização pelo seu esforço na organização de mais um festival do forcão.
No entanto, foram evidentes aos olhos de todos, as falhas de organização, tais como a enfermaria fechada durente o festival (com a chave em paradeiro incerto), um bar para 300 participantes com menos de 1 metro de largura e a descoordenação no arranjo/ manutenção dos forcões disponíveis em praça.
Para o ano, com certeza que tudo será revisto.
José Portela / Aldeia do Bispo
Pouca veracidade …os touros na generalidade não investiram no forcão, se é um festival em que cada presente adquire um bilhete a custo, a selecção dos touros terá de ser cuidadosa…porque todos pagam para ver uma boa garraiada e não um touro andar as voltas….
Mas corrigo …não são oito povoações …mas sim nove….: Alfaiates, Aldeia da Ponte, Aldeia Velha, Aldeia do Bispo,Forcalhos, Lageosa, Foios, Ozendo e Soito.
Viva a capeia
boas
1 os toros sao como os meloes so depois de corridos se sabe se sao bons ou nao
2 tirando o toro do soito que era feio de cara (nao era pequeno) todos os outros estavam bem apresentados
3 e verdade que toda a gente paga bilhete para ver uma boa capeia mas tambem e verdade que quem esta la dentro contentase com uma imperial e um jantar