Monopólio vem de «monos» (um só) e de «polein» (vender), e significa ter o privilégio, ou a exclusividade, de um certo negócio.
Os monopólios, podemos dizê-lo, são detestáveis, porque a sociedade fica tributária de certos indivíduos, que em benefício dos seus exclusivos interesses prejudicam as restantes pessoas, nomeadamente os consumidores, com a carestia do seu género. Com o monopólio toda a concorrência queda excluída, impondo-se então os preços que o monopolizador entende praticar.
As empresas monopolizadoras tornam-se verdadeiros potentados, atraindo a si o serviço de todos os influentes: políticos, jornalistas, sindicalistas, militares, polícias, etc. É a tirania pelo vexame, ao serviço de interesses particulares, em pleno arrepio dos interesses do povo.
Os monopólios, que medram e se tornam dominadores, fazem-no servindo a ganância dos ricos e sugando o sangue dos pobres. Atacam pela calada, às ocultas, tomando posição exclusiva em certas áreas de negócio, a que se agarram como lapas. Depois conduzem esse comércio a seu belo prazer, sem enfrentarem a concorrência.
Porém pode haver exclusividades que não constituam monopólio, desde que o Estado lhes preste o devido controlo. Falo dos tabacos, que sendo negócio nocivo, não deviam estar em concorrência. O mesmo digo dos serviços postais, das lotarias, da segurança pública ou dos bancos. Sim, leram bem esta última defesa do monopólio social: o negócio dos bancos. Só ao Estado deveria ser permitido ser banqueiro, com o dever de exercer o serviço a bem do país e da sua economia, tendo ainda uma afinada preocupação social.
Um banco privado é o mais nocivo dos negócios. Se a falência de um banco é algo incomportável para a economia, que obriga a uma imediata intervenção do erário público, injectando dinheiro para salvar esse negócio e evitar grandes males na economia, então como é possível permitir que esse banco seja propriedade de particulares?
Na luta contra os monopólios, que atrofiam e desvirtuam a economia, o Estado tem de agir, controlando algumas actividades económicas, estando a da banca na primeira linha.
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«Tornadoiro», crónica de Ventura Reis
…façam como eu, contas bancárias só em Bancos públicos!! os Bancos Privados é só sacar: despesas de manutenção, taxas não sei de quê, impostos de selo, comissões não sei de quê… Em Portugal, só me revejo em 2 Instituições Bancárias (sem querer fazer qualquer publicidade): CGD e CA. O resto é só paisagem!