Porque não poderia deixar de estar de acordo aqui dou conta destas palavras sábias…
«Quero lembrar que a Administração interna desta casa é problema que pode ser discutido por todos e porque interessa a todos, desejamos receber, antes da crítica, a sugestão, de quem quer que seja, que venha a evitar o erro, ou indicar a melhor realização.»
«Quando começar a crítica à nossa obra, à frente de todos os descontentes estarei eu, por não poder realizar o que quero.»
«As contas com facilidade se acertam desde que presida o cuidado de as manter dentro das normas da contabilidade municipal. A dificuldade começa na forma de aplicar as verbas dispensáveis. Todo o valor de uma Câmara está na visão clara da escolha da realização. Uma verba de cem contos, disponível, serve para comprar uma camionete, para construir uma escola, para pavimentar uma rua, para reparar uma estrada. Na escolha do destino a dar a essa verba, está a virtude de uma Câmara.»
Mão amiga, a quem penhorado agradeço, deu-me a conhecer um pequeno opúsculo datado de Fevereiro de 1947, de onde retirei aquelas breves mas tão actuais palavras.
Trata-se dos «Relatórios da gerência da Câmara Municipal do Concelho do Sabugal» referentes aos anos de 1946 e 1947, sendo Presidente o Dr. Francisco Maria Manso, que havia tomado posse em Maio de 1946, substituindo o Dr. Carlos Alberto Frazão.
São palavras sábias que penso terem hoje toda a actualidade. Ensinam-nos, a todos aqueles que ocupam lugares públicos, duas ou três lições que saliento:
(i) a capacidade e a disponibilidade para ouvir todos, independentemente da sua cor partidária, ou de estarem ou não de acordo com as nossas ideias;
(ii) a permanente insatisfação com a obra realizada e a vontade de fazer mais;
(iii) a percepção de que, como dizia um general com quem trabalhei na Força Aérea, o problema não é o dinheiro ou a falta dele, o problema são as prioridades que se estabelecem.
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«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Presidente da Assembleia Municipal do Sabugal)
Concordo com o texto, até porque as citações fazem parte de qualquer manual de ciencia política básico. O que o sr. presidente esquece – o que é estranho para um militante do PS- é que nesse tempo não havia oposições e a pessoa que cita era nomeada pelo poder fascista e não eleita.
carlos chicho
Certamente de acordo sobre as palavras, mas não no contexto
Caro João Duarte
Não confundo questões.
Em 1947 vivia-se em Portugal um regime antidemocrático sob a alçada de um “ditador de ceroulas” sinistro, de nome Salazar.
Outra coisa completamente diferente são as palavras que transcrevi e as conclusões que tirei sobre o que devia ser a postura da classe politica no Portugal pós 25 de Abril de 1974.
Sobre essas não tenho dúvidas, como não tenho dúvidas que sobre as mesmas estamos de acordo.
SR RAMIRO DESCULPE A OUSADIA COM ESTE PEDIDO E DESTA FORMA, CONHECO DE VISTA JA PARTICIPEI EM ALGUNS ALMOCOS ‘CASA DO SABUGAL” SOU DO SOITO E DESEJAVA SABER SE PODIA OBTER O NOME E CONTACTOS DE UM SR DE MALCATA QUE TRABALHA NOS ‘ECO MARCHE ‘ NESTA ZONA DE LISBOA OBRIGADO DE AVANCO, MEU CONTACTO 968115092 EMAIL MANUEL.INES.RUSSO@GMAIL.COM
Quais é que eram, em 1947, as cores partidárias que havia no concelho do Sabugal com quem se podia discutir ?
Comparar 1947 com hoje é comparar o dia com a noite.