Os algarvios «Íris» deram um concerto no dia 3 de Agosto de 2002, no Soito, integrado nas Festas de São Cristóvão.
Formados em 1994, os Íris tiveram grande sucesso com o seu Rock estilo FM, principalmente com os temas «Oh, Mãe» (versão de «The House Of The Rising Sun», popularizados pelos Animals, nos anos 60) ou «Atira-tó Mar» (outra versão, desta vez de Bob Dylan, do tema «Knocking On Heaven’s Door»). O seu líder era (e é) Domingos Caetano, vocalista e guitarrista.
Em 20 de Junho de 2008 vi os «Íris» ao vivo, nas Festas de São João, no Sabugal.
Passados dois anos efectuaram um concerto no Casteleiro. O concerto do Soito era, portanto, o terceiro que realizavam no concelho de Sabugal.
A formação que tocou no Soito era constituída por David Fernandes nas teclas, Cláudio Martins, na viola acústica e no acordeão, Chico Cardoso na bateria, Cláudio Barras no baixo e Virgílio Silva na guitarra eléctrica, para além de Domingos Caetano.
Chico Cardoso, que tocou com uma bateria dupla (muito em voga nos anos 70, mas que é pouco utilizada nos tempos actuais) entrava todos os dias pelas casas dentro, já que era o baterista da banda do programa «Praça da Alegria», na RTP.
O concerto iniciou-se com o tema «Coro da Primavera», um original de José Afonso, de 1971, tema do qual os «Xutos & Pontapés» já tinham feito uma versão para o álbum «Filhos da Madrugada Cantam José Afonso».
Caetano aproveitou este tema para explicar que os «Xutos & Pontapés» eram a banda pela qual os «Íris» tinham mais respeito, em Portugal.
O concerto continuou com temas originais da banda, como «Isolados do Mundo» e «Até Ser Dia». Pelo meio ainda tocaram «Estou Além» (versão do tema de António Variações), para além de «Por Ti Já Não Sei» e «Vão Dar Banhó Cão».
Os temas tradicionais (como «Maria Faia» ou a versão da canção alentejana «Passarinho») também fizeram parte do alinhamento.
Como os Íris são algarvios não podia faltar um corridinho. Foi isso que aconteceu com o «Corridinho Cansado», um original de Domingos Caetano, tocado pelo acordeão de Cláudio Martins.
Para o final do concerto ficaram guardados os temas mais emblemáticos do grupo: «Atira-tó Mar» e «Oh, Mãe».
O concerto terminou com um efeito pirotécnico na bateria, que parecia ter-se incendiado. O público ia correspondendo à prestação dos «Íris», embora não fosse em grande número, mas estava animado.
A partir desse ano os «Íris» entraram num período de relativo apagamento e pouco se tem ouvido falar neles. Mas continuam em actividade.
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«Memória, Memórias…», crónica de João Aristides Duarte
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